Princesa Sofia da Suécia enfrenta pandemia na linha de frente

15 de abril de 2020 3 minutos
Princesa Sofia da Suécia coronavírus pandemia

Na Suécia, até a realeza está diretamente envolvida na luta contra a pandemia. Depois de passar por um treinamento intensivo de cuidados médicos, a princesa Sofia juntou-se aos profissionais de saúde do país para enfrentar o coronavírus. O curso ocorreu na Sophiahemmet, uma das mais tradicionais universidades suecas de enfermagem.

Segundo a diretora do Departamento de Informação e Imprensa da Corte Sueca, Margaretha Thorgren, a princesa decidiu fazer o trabalho voluntário para ampliar a oferta de mão de obra na área de saúde. A necessidade de profissionais tem crescido com o aumento do número de casos da covid-19. Até esta quarta-feira (15/4), a Suécia havia confirmado quase 12 mil casos da doença, que já matou 1,2 mil pessoas no país.

O curso oferecido pela Sophiahemmet é o mesmo que preparou comissários de bordo da empresa aérea SAS para atuar no combate à doença (relembre aqui). Em suas aulas, os alunos aprendem da troca da cama dos pacientes a noções de gestão hospitalar. A universidade tem treinado cerca de 80 pessoas por semana para cuidar dos doentes.

Sofia Kristina Hellqvist, a princesa Sofia, duquesa de Värmland, entrou na família real em 2015, quando se casou com Phillip, o segundo dos três filhos do rei Carl XVI Gustaf e da rainha Silvia. Sofia e Phillip têm dois filhos, os príncipes Alexander e Gabriel, que são o quinto e o sexto na fila do trono.

Família real com histórico de trabalhos sociais

A iniciativa da princesa de atuar diretamente no combate à pandemia reforça o perfil dos integrantes da monarquia da Suécia de envolvimento em trabalhos sociais. Desde 2010 ela já se dedica ao Project Playground, criado para que crianças e jovens possam brincar e praticar esportes. O projeto funciona na Suécia e na África do Sul.

A rainha Silvia, por sua vez, criou em 1999 a World Childhood Foundation, que atua na prevenção ao abuso contra crianças. A entidade também financia a compra de materiais de uso em sala de aula, programas de assistência psicológica e serviços jurídicos para crianças na Suécia e em outras partes do mundo. Antes da fundação, a rainha já havia criado, em 1994, com a Organização Mundial de Saúde, a Mentor Foundation, que combate o consumo de drogas entre jovens. A monarca participa ainda de programas de auxílio a idosos que sofrem de demência.

A princesa Madeleine, terceira dos filhos do casal real, atua nas iniciativas da World Childhood Foundation e no ano passado lançou um livro infantil criado para estimular o empoderamento infantil. E, por fim, a princesa Victoria, primeira na linha sucessória, lançou em 1997 um fundo de apoio a atividades de recreação e lazer para crianças e jovens com problemas de mobilidade ou doenças crônicas. Ela também visita com frequência projetos apoiados pela fundação, em agendas que não costumam ser anunciadas previamente e muitas vezes sequer são divulgadas.

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